Túmulo de Dona Vitória de Sá

A história de Dona Vitória de Sá

A história de Dona Vitória de Sá, ela era filha de Gonçalo Correia de Sá, irmão de Martim de Sá, ambos filhos de Salvador Correia de Sá, “O Velho”, um dos fundadores da cidade do Rio de Janeiro e dono de engenhos. Dona Vitória era ainda sobrinha de Estácio de Sá e prima de Salvador Correia de Sá e Benevides, governador do Rio de Janeiro e importante personagem nas tramas atlânticas.

Dona Vitória de Sá casa-se em 1630 com D. Luiz de Céspedes y Xeria, nomeado Governador-Geral do Paraguai. Segundo relatos, esse casamento era mais um dos tantos arranjados em prol de alianças, Luiz de Céspedes y Xeria tinha cargo, porém, não tinha dinheiro, a família Sá muito dinheiro e bastante a ganhar com essa união, Céspedes assumira o governo de uma região comercialmente estratégica, onde existia a Bacia do Prata, com o Rio da Prata, estando estrategicamente localizado, de suma importância para a navegação, uma verdadeira “avenida” para o Oceano Atlântico, escoando mercadorias, com minas de prata, inclusive com a maior mina de prata do mundo, na época, e a importância do casamento era tamanha, que o próprio Salvador de Sá acompanha pessoalmente sua prima, Dona Vitória, até Assunção para que ocorresse a união.

A história de Dona Vitória de Sá nos interessa no momento em que passa pela Sesmaria a qual tinha recebido de seus pais, Gonçalo de Sá e D. Esperança, e é repassada como dote de casamento, através de uma escritura datada de 21 de março de 1628.

Luiz de Céspedes y Xeria se aliou aos portugueses, principalmente ao Bandeirante e Cristão Novo Raposo Tavares, juntos destruíram as missões dos jesuítas do Guaíra, com isso, ele é destituído do cargo de Governador-Geral do Paraguai, acaba sendo preso e falecendo.

Dona Vitória de Sá, viúva e sem filhos, doa suas terras, por testamento feito em 30 de janeiro de 1667, em ocasião de seu falecimento, ao Mosteiro de São Bento, contendo quatro casas de pedra e cal, coladas às dos governadores, um engenho em Camorim, com igreja, vivenda de sobrado e todos os materiais necessários para a fabricação de açúcar, assim como escravos da Guiné, crioulos e “gente da terra”. Deixou, também, três currais de gado com 100 cabeças e algumas ovelhas, além de “terras desde o rio Pavuna até o mar e correndo a costa até junto da Guanabara com seus montes, campos, restingas, lagoas e rios”, o testamenteiro foi Frei Leão de São Bento.

No corredor principal da Igreja do Mosteiro de São Bento, em frente ao altar-mor, encontra-se a tumba de Dona Vitória de Sá, e na lápide consta o brasão e os dizeres “Sepultura da doadora Da. Vitoria de Sá – Falleceo aos 26 de agosto de 1667”. Em troca de suas doações, Dona Vitória de Sá obriga os Beneditinos a rezarem missa …

Fotos do túmulo de Dona Vitória de Sá no Mosteiro de São Bento

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